quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Natal ou consumismo?



O final de ano se aproxima e umas das datas mais esperadas por muitos também. Mas às vezes dá a impressão de que as pessoas se adiantaram um pouco: o Natal nem chegou e já têm gente comprando presentes, lojas enfeitadas. O que houve? O ano encurtou tão de repente!

Junto ao Natal vem o clima daquela esperança e religiosidade de que tudo de bom irá se realizar, e nunca se realiza. Na verdade não deveria existir essa data, pois quando Jesus nasceu ele ainda não teria feito nada para seu povo e também porque a solidariedade deveria ser tida como um ato comum no cotidiano e não só no final de cada longo ano.

E por que antecipar os presentes? Sim, é verdade. Tem a crise econômica. Ninguém sabe se os preços irão aumentar daqui pra frente, então é melhor prevenir do que remediar. Claro, está certo, porém cadê o espírito natalino? O que vale é só o presente ou também o modo como ele é dado? Comprar um presente mais barato não é um pouco meio que desprezar quem o recebe? O Natal devia ser comemorado com mais afetividade. É uma festa sagrada. E também não é só presente.

Isso tudo pode parecer uma besteira ou fruto de uma idéia conservadora, mas Cristo defendeu a solidariedade, o amor e principalmente a sinceridade. E não a mania de pecar para depois se confessar arrependidamente na igreja, se fazendo de vítima como muitos fazem. Quando se trata de religião, lealdade deveria ser fundamental. Viver de falsidade não ajuda muito.

Não, não sou religioso. Só é que isso me irrita um pouco. Até porque esse talvez seja mais um motivo para não seguir uma religião cristã. Pensei até que uma religião requeresse alguma responsabilidade ou pelo menos um respeito à filosofia seguida. Sou exagerado, mas que também fique claro que não generalizei.



Jadiel Lima - novembro de 2008

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