Por Jadiel Lima
Boa tarde!
Fui convidado para vir até aqui, trazendo meu produto e tentar vendê-lo para você.
Não sei se o que trouxe é verdadeiramente um produto. Também não aposto muito se vou convencê-lo de comprá-lo. Na verdade, não sei se quero que compre alguma coisa. Com todo respeito, apenas gostaria de que me desse um pouco de sua atenção, que me ouvisse por um instante.
Obrigado.
“Chicão, Chicão
Barquinho tão pequeninho
deixa a chuva vir, a chuva ir
e sai de barco por aí.
A chuva vai, a chuva vem.
A gente também ama alguém.
Esteja aqui, esteja lá
a gente vai lá buscar.”
(Jadiel Guerra, outro poeta e músico)
Era uma vez um barquinho de papel.
Pode crer, o barquinho de papel existe.
Veja! Observe bem. O barquinho de papel, como é lindo!
Não o despreze por ele ser simples e de papel, pois ele é o que deve ser: um barquinho de papel!
Não o despreze se os cegos olhos que a cultura do consumo lhe emprestou não lhe permitem ver uma função importante neste simples objeto, pois ele não tem função alguma, senão a de apenas ser o que é: um barquinho de papel.
Porém, dependendo de sua filosofia sobre o mundo, ele pode mudar e você também pode mudar a idéia que tem dele. E é isso que falta na cabeça de muita gente. Talvez na sua, mas só você pode atestar isto. Falta a crença nas pessoas de que elas podem ser tudo! Basta criatividade, um pouco de imaginação e muita perseverança.
Será que alguém pensou por este lado quando imaginou ou olhou pela primeira vez para este barquinho?
Será que efetivamente fomos e somos treinados somente para consumir, consumir e consumir cegamente, sem para as coisas nem procurar enxergar o elas possuem de belo dentro delas?
É isso?
Será que deixamos nossa capacidade de pensar, observar, escolher ou decidir paro os outros?
Por que ficamos sempre esperando que outros pensem e façam as coisas por nós?
Por que não sair desta rotina deprimente, demente e de dependência?
Por que não percebemos e reconhecemos o que a inteligência humana tem a nos oferecer de bom?
Por que não aproveitarmos o que temos e somos ao invés de acreditarmos no sistema capitalista que tudo promete, pensa e finge fazer por nós, como se fôssemos inválidos?
Por isso, pense e mire outra vez nosso barquinho.
Repare bem.
Já sei: vai construir o seu, ao invés de comprar este aqui.
Aprendeu comigo?
Que bom.
Então vamos navegar nessa idéia?
Já pensou aonde poderemos ir?
Neste barco o timão é seu.
A decisão também é sua.
Jadiel Lima
Maranguape – Ceará - Brasil
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